RPPS: o que é, como gerir e onde estudar

Segunda, 22 de julho de 2024

A previdência social é um tema crucial na vida dos trabalhadores brasileiros, assegurando proteção e segurança financeira em momentos de inatividade laboral.

Dentro desse contexto, destaca-se o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), um sistema específico e exclusivo para servidores públicos efetivos.

Com regras e características distintas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), o RPPS desempenha um papel fundamental na estrutura previdenciária do país.

Neste artigo, exploraremos o que é o RPPS, suas diferenças em relação ao RGPS, quem pode trabalhar com esse regime, os desafios do desequilíbrio atuarial e financeiro, e forneceremos dicas para uma gestão eficiente.

O que é RPPS?

O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) é um sistema de previdência destinado exclusivamente aos servidores públicos titulares de cargos efetivos.

Diferente do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que é administrado pelo INSS e abrange os trabalhadores do setor privado e os servidores públicos contratados sob o regime da CLT, o RPPS é instituído pelos entes federativos (União, estados, Distrito Federal e municípios) e tem regras específicas estabelecidas por legislação própria.

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Qual é a diferença entre RGPS e RPPS?

A principal diferença entre o RGPS e o RPPS está nos beneficiários e na forma de administração:

- Beneficiários: o RGPS atende trabalhadores da iniciativa privada, autônomos, empregados domésticos, e servidores públicos não efetivos (contratados sob a CLT). Já o RPPS é exclusivo para servidores públicos titulares de cargos efetivos.

- Administração: o RGPS é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), enquanto o RPPS é administrado por cada ente federativo que o institui, podendo ser a União, estados, Distrito Federal ou municípios.

- Regras de Contribuição e Benefícios: as regras de contribuição e concessão de benefícios também podem variar. O RGPS segue uma legislação única nacional, enquanto o RPPS tem regulamentação própria de cada ente federativo, respeitando as normas gerais estabelecidas pela Constituição Federal.

Quem pode trabalhar com RPPS?

Podem trabalhar com RPPS profissionais que tenham conhecimentos específicos em previdência pública e gestão de regimes próprios, incluindo:

- Advogados especializados em direito previdenciário: que podem atuar na consultoria, assessoria jurídica e contencioso administrativo e judicial.

- Contadores e atuários: que realizam cálculos atuariais, análises financeiras e planejamento econômico para garantir a sustentabilidade do regime.
- Administradores e gestores públicos: que atuam na administração dos recursos, na gestão de benefícios e na formulação de políticas previdenciárias.
- Auditores e controladores: que monitoram e fiscalizam a aplicação dos recursos e a conformidade dos processos.

O problema do desequilíbrio atuarial e financeiro

O desequilíbrio atuarial e financeiro nos RPPS ocorre quando as contribuições arrecadadas e o patrimônio acumulado não são suficientes para cobrir os benefícios previdenciários concedidos e projetados.

Esse desequilíbrio pode ser causado por diversos fatores, como:

- Envelhecimento da população: aumento do número de aposentados em relação ao número de ativos.
- Gestão inadequada: falta de planejamento e controle financeiro, má administração dos recursos.
- Políticas de benefícios insustentáveis: concessão de benefícios superiores à capacidade contributiva do regime.
- Baixa arrecadação: contribuições insuficientes para manter o equilíbrio financeiro.

Para evitar o desequilíbrio, é crucial realizar avaliações atuariais periódicas e adotar políticas de gestão que garantam a sustentabilidade do regime.

Dicas para fazer uma gestão eficiente de RPPS

1. Realizar Avaliações Atuariais Regulares: análises atuariais frequentes ajudam a identificar e corrigir desequilíbrios precocemente.
2. Planejamento e Gestão Financeira: estabelecer um plano de gestão financeira que inclua projeções de receitas e despesas, além de estratégias de investimento.
3. Capacitação dos Gestores: investir na formação contínua dos profissionais envolvidos na gestão do RPPS.
4. Transparência e Controle Social: manter a transparência nas informações e permitir a participação dos servidores na gestão do regime.
5. Diversificação de Investimentos: aplicar os recursos em investimentos diversificados e seguros, respeitando as normas de segurança e rentabilidade.
6. Atualização das Normas e Regulamentos: manter a legislação do RPPS atualizada, acompanhando as mudanças na legislação federal e as melhores práticas de mercado.
7. Eficiência na Cobrança das Contribuições: garantir que todas as contribuições devidas sejam efetivamente recolhidas e destinadas ao regime.

Como estudar RPPS?

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